Olavo de Carvalho

journaliste, polémiste brésilien

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho, né le 29 avril 1947 à Campinas et mort le 24 janvier 2022 à Richmond, est un écrivain et essayiste brésilien.

Olavo de Carvalho, 2019

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Ces raisons peuvent être résumées en une seule question: si le système de corruption dans les hautes sphères est si puissant qu'il fait des présidents, façonne le budget de la République, manipule le Congrès, détourne l'équivalent de la dette extérieure du pays des coffres publics du pays, soudoyant des officiers de police supérieurs, exerçant presque, comme l'a dit le sénateur Bisol, les fonctions d'un gouvernement parallèle, alors comment se fait-il qu'il n'ait aucun moyen de soudoyer et de fermer la presse? Comment est-il possible que, de tous les pouvoirs qui décident de la vie nationale, seule la presse ait échappé à la toile de l'influence corrompue et soit désormais libre de la dénoncer? Franchement, il n'est pas raisonnable de supposer que des experts en corruption, ayant une expérience de plusieurs décennies sur le marché de la conscience, ont tout simplement oublié de taper, dans la programmation de pots-de-vin ou de faveurs illicites, les sociétés de communication. Il n'est même pas crédible d'imaginer que les chaînes de télévision, concessions dépendantes du gouvernement, que les entreprises de presse, toujours redevables aux banques officielles tout au long de leur histoire, auraient l'ingéniosité dont elles se vantent pour frapper le visage de gens si puissants, sans peur des représailles, si ces gens étaient vraiment puissants comme on essaie de le faire croire. Que la mafia omnipotente n’ait pas, dans toute la presse nationale, un seul défenseur, cela seul remet simplement en cause sa toute-puissance proclamée.
  • (pt) Essas razões podem resumir-se numa só pergunta: Se o esquema de corrupção nas altas esferas é tão poderoso a ponto de fazer presidentes, moldar a seu gosto o Orçamento da República, manipular o Congresso, desviar dos cofres públicos o equivalente à dívida externa do país, subornar altos funcionários da polícia, exercer quase, como disse o senador Bisol, as funções de um governo paralelo, então como será possível que ele não tenha meios de subornar e calar a imprensa? Como será possível que, dentre todos os poderes que decidem a vida nacional, somente a imprensa tenha escapado das malhas da influência corruptora e agora se encontre livre para denunciála? Francamente, não é razoável supor que experts em suborno, com experiência de várias décadas no mercado de consciências, tenham simplesmente se esquecido de digitar, na programação das propinas ou do favorecimento ilícito, as empresas de comunicações. Não é sequer verossímil imaginar que os canais de TV , concessões dependentes do governo, que as empresas jornalísticas, sempre endividadas com os bancos oficiais ao longo de toda a sua história, teriam a desenvoltura que ostentam para bater na cara de gente tão poderosa, sem temor de um revide, caso essa gente fosse realmente poderosa como se tenta fazer crer. Que a máfia onipotente não tenha, em toda a imprensa nacional, um só defensor, eis aí o que, simplesmente, põe em dúvida a sua proclamada onipotência.
  • O Imbecil Coletivo, Olavo de Carvalho (trad. Wikiquote), éd. Faculdade da Cidade Editora e Academia Brasileira de Filosofia, 1996, p. 91


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